O Dia das Mães está logo aí e aproveitamos a data aqui no blog para prestar uma homenagem a elas, mães da nossa literatura, muitas vezes esquecidas e subestimadas, mas que trouxeram ao mundo aquilo que ele tem de melhor: livros!
Por isso, listamos hoje 3 das grandes escritoras que merecem todo o nosso carinho, nossa gratidão e a nossa admiração nesse dia das mães:
1 – Mary Shelley – mãe da ficção científica

A britânica Mary Shelley foi escritora, ensaísta, dramaturga, biógrafa e ainda editava e promovia os escritos de seu marido. Reza a lenda que, no fim da primavera de 1816, Lord Byron reuniu seus amigos escritores, dentre eles a nossa homenageada e seu marido, e desafiou-os a escrever uma história aterrorizante. Foi então que Mary desenvolveu um conto sombrio sobre um cientista que criara um monstro com o propósito de lhe dar vida. A história teria sido a melhor entre todos os competidores e foi, mais tarde, expandida no romance de terror gótico que conhecemos hoje por Frankenstein. Assim, Mary Shelley inaugura a ficção científica, já que essa é considerada a primeira obra do gênero da história.
2 – Gertrude Barrows Bennett – mãe da fantasia gótica

Sob o pseudônimo masculino de Francis Stevens, a estadounidense Gertrude Bennett publicou vários textos que a tornaram célebre nos gêneros de fantasia e ficção científica. Com uma vida nada fácil, a autora utilizava a escrita como um meio manter a família, enviando contos e novelas regularmente às revistas de sua época. Gertrude foi reconhecida por seu talento, ainda em vida, por H. P. Lovecraft, que teria sido influenciado pela autora. Acredita-se que ela tenha fundado o gênero fantasia gótica e é seu também um dos primeiros romances distópicos que se tem notícia, As Cabeças de Cérbero.
A respeito da necessidade que muitas escritoras viveram de utilizar pseudônimos masculinos, você pode ler o post que fiz nesse link.
3 – Murasaki Shikibu – mãe do romance literário

E o que seria de nós se não fossem os romances? E não estou falando de histórias de amor, mas sim da definição que aprendemos nos bancos escolares: uma narrativa longa, em prosa, mais complexa, com começo, meio e fim, diversos personagens mais desenvolvidos, etc etc etc. Pois o que hoje é considerado o primeiro romance do mundo é Genji Monogatari, escrito por uma mulher do século XI.
Murasaki Shikibu (nome artístico) era uma dama de companhia da corte imperial da era Heian, uma época ainda mais complicada para mulheres do que hoje, mesmo para aquelas de classes sociais mais altas. Mas, com um pouquinho de rebeldia e outro pouquinho de oportunidade, Murasaki Shikibu acabou desenvolvendo o que hoje ainda é considerada uma obra de grande relevância da literatura japonesa, merecendo menção no discurso de Yasunari Kawabata, nobel de Literatura de 1968.
Eu sei que muitas mães ficaram de fora dessa lista e que outras listas envolvendo mães também seriam possíveis. Assim, desafio você, caro leitor, cara leitora, a deixar aqui nos comentários uma lista literária sua para o dia das mães.
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Sem parar pra pensar muito, o primeiro nome que me veio é o da Madeleine L’Engle, que escreveu a série de fantasia/sci-fi “Uma Dobra no Tempo”. Mas como você mesma disse, há muitas outras mulheres a serem citadas! A lista poderia ser enorme!
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Que legal! Confesso que não conheço ainda a obra dela. Obrigada pela indicação, Isa! Mulherada fazendo bonito na literatura! ❤️
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