Há muito que esses animais, os mais belos e especiais da natureza, tem sido admirados por grandes artistas. De andar silencioso e olhar enigmático, os gatos foram os melhores amigos de muitos escritores, pensadores, pintores, artistas de toda a sorte. Portanto, não seria de se espantar que surgisse uma obra que reunisse homenagens de grandes nomes da literatura a esses seres adoráveis. E aqui apresento ao leitor e à leitora, O Grande Livro dos Gatos, editado pela Alfaguara, selo da Companhia das Letras, e que acaba de ser lançado. (O livro foi adquirido em parceria com a editora, através da plataforma NetGalley. Papo Literário é parte do Time de Leitores 2020.)
Iniciando a antologia, já nos deparamos com uma descrição magnífica de Théodore de Banville, que arrancará alguns sorrisos dos amantes de gatos, onde toda a magnificência desses animais é transformada em palavras. Em outros capítulos, encontraremos histórias divertidas e leves, como a escrita por Lucy Maud Montgomery, Rudyard Kipling e Charles Perrault, que poderão facilmente ser apresentadas aos pequenos leitores.
Selvagem ou doméstico, permanece o mesmo, obstinadamente, com serenidade absoluta, sem perder por nada sua beleza e sua graça suprema.
O Gato, Théodore de Banville
Em outros momentos, a tensão se agrava. Temos contos mais sombrios, como os de H. P. Lovecraft e Edgar Allan Poe, ou que, se não assustam, ao menos angustiam, como os de Arthur Connan Doyle e Edith Nesbit. Embora tão diversos entre si, os textos convergem ao dar o protagonismo a esse animal projetado tão perfeitamente pela natureza e cuja história se entrelaça com a do ser humano, fazendo-nos, muitas vezes, questionar o nosso próprio papel.
Apesar de ter me envolvido com todos os textos de forma única, destaco a escrita de Mary E. Wilkins Freeman, com seu conto intitulado simplesmente “O gato”. De uma sensibilidade ímpar, a autora nos leva a acompanhar um gatinho abandonado em seu próprio lar no auge do inverno, em uma região de forte nevasca, o que me fez pensar longamente nos animais de rua, ou que são deixados por seus tutores em uma mudança porque “não tem lugar para o gato”, entre diversas outras desculpas que costumamos ouvir.
Sou o Gato que caminha só, e todos os lugares são o mesmo para mim.
O gato que caminhava só, Rudyard Kipling
Há muito tempo que um livro não me envolvia dessa maneira e foi uma felicidade imensa poder lê-lo. Com certeza, será um dos que revisitarei com certa frequência! Sinto que não seria capaz de resumir em poucas palavras, com total fidelidade, a delícia que foi o tempo que passei viajando por essa obra.
Aos amantes de gatos, esse é o livro que faltava em sua estante e, principalmente, em suas mãos. O Grande Livro dos Gatos também é uma ótima oportunidade para presentear aquele amigo (aquele mesmo que você pensou) e ajudar a espalhar a palavra felina!
Se você se interessou por O Grande Livro dos Gatos, adquira seu exemplar pelos nossos links e ajude o blog a se manter. Você não paga nada a mais por isso.


Acho que conheci esse livro ano passado, mas na edição em espanhol, intitulada “Cuentos con gatos”. Eu não sou nenhuma louca dos gatos hahaha, mas o título me chamou a atenção por ter amigas loucas dos gatos e até tirei uma foto! Legal saber que traduziram para o português, e que agora posso presenteá-las hahaha
CurtirCurtido por 1 pessoa
Eu já tenho uma lista de amigas que vão receber esse livro como presente esse ano! 😂 Não sabia da versão em espanhol, que legal!
CurtirCurtir
Mais é cada tapa na cara que eu to tomando com esse meu preconceito com capas e títulos de livros, que não sei não viu. 🙂
Primeiro foi com o livro “Dewey: um gato entre livros” que eu vi no Percursos Literários, depois, “Os Sete Maridos de Evelyn Hugo e agora “O Grande Livro dos Gatos”. Se eu n aprender a lição agora, não aprenderei nunca. 🙂 🙂
CurtirCurtido por 1 pessoa
Ahahahaha é normal, Gio, a gente sempre acaba julgando o livro pela capa literalmente. Também faço muito isso, estou aprendendo aos poucos a deixar esse velho hábito de lado. É um processo! 😘
CurtirCurtido por 1 pessoa